O Pavão
Rubem Braga
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
Rio, novembro, 1958
Simples e ternas. Assim são as lindas crônicas de Rubem Braga.
Texto extraído do livro "Ai de ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 149
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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CRÔNICA
ResponderExcluirTEMA: O PAVÂO E SUAS CORES
TITULO: O PAVÂO
AUTOR: RUBEM BRAGA
FONTE: 200 CRÔNICAS ESCOLHIDAS
RETRATA OS CONTIDIANO DAS PESSOAS POR QUE FALA DO AMOR QUE É COMO
AS PENA DO PAVÂO, E É COMO ARCO-IRIS.
ESSA CRÔNICA É UMA FORMA GENÉRICA POÍS FALA DO AMOR QUE É COMO AS PENAS DO PAVÂO.
As penas do pavão são como o amor, cheio de belezas e encantos aos olhos dos apaixonados.
ResponderExcluirQue maravilha!
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